Com projeto de Biometano, PepsiCo quer avançar em suas metas de descarbonização no Brasil
Com biometano, PepsiCo inicia plano para neutralizar as emissões em sua maior fábrica no Brasil até 2025
● Iniciativa em Itu (SP) poderá reduzir em cerca de 44% as emissões de GEE’s das operações fabris da companhia já no próximo ano
● Tecnologia deve ser implementada em outras plantas da PepsiCo de São Paulo e do Brasil
Alinhada às metas de sua agenda ESG, PepsiCo Positive (pep+), a PepsiCo, uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo, anuncia mais um passo em sua jornada pela implementação de energia limpa: a substituição de combustíveis fósseis por gás biometano em suas fábricas e frota própria de caminhões movidos a gás.
O projeto será iniciado em março de 2024 na maior planta fabril da PepsiCo no Brasil, em Itu, interior de São Paulo, com previsão de início da operação em outubro.
Com a iniciativa, a companhia planeja neutralizar suas emissões na fabricação de snacks na localidade e contribuir para uma redução de cerca de 44% no total de emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes das fábricas da PepsiCo em todo o Brasil até 2025 (escopos 1 e 2, linha de base 2015).
Na fábrica da PepsiCo em Itu, onde são produzidos snacks como LAY’S®, CHEETOS® e DORITOS®, será instalada uma estação de abastecimento de biometano capaz de atender até 100% a demanda de gás para cozimento, fritadeiras, fornos e caldeiras de água da fábrica, totalizando aproximadamente 15 mil metros cúbicos por dia.
A estação foi desenvolvida pela Ultragaz, também responsável pela logística de abastecimento com biometano oriundo de aterros sanitários, como o de Caieiras (SP), um dos maiores do planeta.
“Este é um grande passo em nossa jornada de redução de emissões de carbono e a consolidação do uso de energia limpa em nossas fábricas, que vai nos ajudar a reduzir em cerca de 75% as nossas emissões no escopo 1 e 2 até 2030. Distribuir o gás dos aterros sanitários é outro ponto forte do projeto de Itu, porque oferece uma solução para a gestão de resíduos”, afirma Alex Carreteiro, presidente da PepsiCo Brasil Alimentos.
A expectativa da companhia é levar o biometano para outras fábricas do estado de São Paulo até o fim de 2025, além de mais quatro fábricas de alimentos no Brasil até 2027.
Com isso, a PepsiCo estima reduzir aproximadamente 67,5 mil toneladas de GEE ao ano, quantidade equivalente ao plantio de 472 mil árvores*, até 2027.
*A cada 7 árvores plantadas, é possível sequestrar 1 tonelada de carbono, segundo o Instituto Brasileiro de Florestas.
Biometano também irá abastecer caminhões da PepsiCo
A estação de biometano de Itu também será um posto de abastecimento para os caminhões movidos a gás da frota própria da PepsiCo.
A companhia possui uma das maiores frotas de veículos entre as empresas de bens do consumo do país e conta, hoje, com 69 caminhões movidos a gás, dos quais 50 poderão ser abastecidos em Itu.
“Temos a possibilidade de alcançar uma operação logística abastecida em maior percentual por fontes de energia limpa a partir do biometano, tendo em vista que o biocombustível reduz em cerca de 95% as emissões dos chamados gases do efeito estufa quando comparado ao diesel”, afirma o gerente de sustentabilidade da PepsiCo, Bruno Guerreiro.
“O projeto da PepsiCo em Itu permitirá abastecer dois caminhões simultaneamente, em três turnos, com até 400 m³ de gás. Desse modo, pretendemos reduzir cerca de 1,9 mil toneladas por ano as emissões de GEE na frota. Ou seja, teremos uma operação bastante robusta”, completou Bruno.
Jornada por energia limpa
A PepsiCo anunciou a instalação de duas usinas termossolares no Brasil, em Sete Lagoas (MG), em 2022, e em Feira de Santana (BA), em 2023.
Além disso, implementou painéis solares nos telhados de suas fábricas de Sorocaba (SP) e de Recife (PE) e mantém, atualmente, uma das maiores frotas de veículos elétricos e a gás do setor de alimentos e bebidas - com mais de 160 caminhões.
Em 2023, a empresa anunciou, ainda, a instalação de painéis solares orgânicos (OPVs) em 250 de seus caminhões para recarga das baterias de acessórios desses veículos.
Os painéis, instalados no teto do baú do caminhão, são fabricados com um filme plástico tecnológico que é mais leve e mais eficiente do que os painéis solares tradicionais fabricados em silício.
Todas estas iniciativas vão ao encontro das metas de pep+, que incluem alcançar até 2030 uma redução de emissões de GEE do escopo 1 e 2 de 75%; e do escopo 3 de 40% sobre a linha de base de 2015.
Além disso, a companhia almeja atingir net zero globalmente até 2040.